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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Le Deuxième Sexe
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-8582467138
Editora: Nova Fronteira
Simone de Beauvoir nasceu em Paris, na França, em 1908. Ganhou fama mundial por ser uma mulher de pensamento libertário demais para seu tempo. Isso refletiu, também, em sua vida pessoal.
Estudou entre os anos de 1913 e 1925 no Institute Adeline Désir, uma escola católica para meninas. Ao sair de lá, começou a estudar Matemática do Instituto Católico de Paris e Literatura e Línguas no Institute Saint-Marie.
Depois, passou a estudar Filosofia na Universidade de Sorbonne. Foi lá que conheceu o pensamento e a obra de outros jovens intelectuais, entre eles René Maheu e Jean-Paul Sartre. Com Sartre, inclusive, teve um longo e polêmico relacionamento, pois ficaram casados por 50 anos e muito de sua vida particular foi exposta ao público. Afinal, ele se envolvia com outras mulheres de maneira livre e descompromissada.
Em 1929, Simone terminou os estudos de Filosofia e, em 1931, passou a dar aulas sobre o tema na Universidade de Marseille.
Seu primeiro livro foi publicado em 1943, o romance “A convidada”, no qual a autora já colocava a temática do feminismo no centro de sua ficção. Mas é O Segundo Sexo,publicado em 1949, sua obra-prima.
No total, foram 15 livros publicados, incluindo “Cerimônia do Adeus”, em que conta sobre sua trajetória e relacionamento com Sartre, de quem nunca se distanciou. Após a morte de seu companheiro, Beauvoir teve problemas com álcool e metanfetamina, vindo a falecer em 1986 em decorrência de uma pneumonia.
Dos 15 livros publicados por Simone de Beauvoir, nenhum causou tanta controvérsia e fama quanto O Segundo Sexo. O livro causou escândalo especialmente na Igreja Católica, que o incluiu na lista de publicações proibidas para seus fiéis.
Quando foi publicado, os objetivos das reivindicações sufragistas já tinham sido atingidos pelas mulheres. Por isso, Simone de Beauvoir propõe expor como a opressão masculina se desenvolveu ao analisar a História, a Literatura e os mitos populares.
Em O Segundo Sexo, a autora atribui tal opressão ao fato de ter-se estabelecido o masculino como norma positiva.
O livro é dividido em dois volumes: no primeiro deles, a filósofa apresenta mitos sobre as mulheres, desde questões biológicas, passando por psicanalíticas, materialistas, históricas, literárias e antropológicas.
Nenhuma dessas questões é suficiente para definir o que é ser mulher, mas cada uma delas contribui de maneira mútua para explicar como a mulher é definida como “o outro diante do masculino”.
No Brasil, O Segundo Sexo foi publicado em dois volumes: o primeiro, “Fatos e mitos”, reflete sobre os tais mitos e fatos que são condicionantes à situação da mulher na sociedade do século XX. Já no volume “A experiência vivida”, há uma análise sobre a condição feminina nos campos sexual, psicológico, social e político.
O volume “Fatos e mitos” é dividido em três partes: destino, história e os mitos. O volume “A experiência vivida” é dividido entre as partes formação, situação, justificações e a caminho da libertação.
Se você tinha dúvidas sobre se, de fato, O Segundo Sexo foi tão revolucionário como dissemos, saiba que não é à toa que a obra é considerada a Bíblia do feminismo.
Boa parte das reivindicações feministas desde a segunda metade do século XX são baseadas em questões abordadas, primeiramente, no livro de Simone de Beauvoir.
Esta análise profunda sobre a condição feminina das mulheres na sociedade, englobando tantos aspectos, nunca havia sido abordada até então. Se hoje já é um tabu para os mais conservadores tratar normalmente assuntos como a vagina, a menstruação, o prazer feminino e outros detalhes, em linguagem direta, tente imaginar o quão chocante a obra foi para o pós-Guerra.
Segundo a autora, o mundo masculino apropriou-se do positivo, definido por “ser homem”, e do neutro, definido por “ser humano”.
Desta forma, o “ser fêmea” era visto como algo negativo dentro dessa construção social. A mulher é identificada como “o outro”, como um ser inferior ao masculino, com a obrigação de servir a todos os seus interesses. Assim, o sexo feminino fica limitado pelo patriarcado, que conduz as construções sociais em geral em prol do “ser homem”.
A mulher não é considerada o segundo sexo ou “o outro” por questões naturais, meramente biológicas e imutáveis. O que leva a essa condição é uma série de processos sociais e históricos, criadores de tal condição.
Simone de Beauvoir contesta a existência do chamado “eterno feminino”, que a sociedade enxerga como uma característica intrínseca e enraizada às mulheres, limitando-as a papéis específicos dentro da sociedade. Quando uma mulher não se encaixa em determinados padrões e é julgada por isso, lembre-se do “eterno feminino” aqui explicado.
A partir daí, a autora passa por diversos campos da humanidade, sejam eles psicológicos, biológicos, históricos e até mesmo literários para mostrar o quanto isso afeta as mulheres geração após geração.
Ao ver a mulher enquadrada na categoria do “outro”, com associações equivocadas a características físicas e da natureza, criou-se uma série de representações mitológicas que não são naturais, mas criadas e condicionadas para tal.
Assim, a mulher precisa cumprir determinadas funções subordinadas ao homem, servindo-o sempre, gerando estranhamento quando se foge desse padrão.
Historicamente, o homem nunca reconheceu a mulher como um ser semelhante, mas inferior, nas maneiras de pensar e agir. Afinal, ele a vê como “o outro”, submissa às suas vontades.
Tal característica traz uma ambivalência interessante, já que, ao mesmo tempo em que o homem enxerga a mulher como “o outro”, inferior à sua existência, ela é necessária para que ele dê conta de sua vida e de diversos afazeres.
Há três pontos de vista para se analisar a condição feminina: o ponto de vista biológico, o ponto de vista psicanalítico e o ponto de vista do materialismo histórico.
Para Simone, não há justificativas concretas que provem motivações naturais para que a mulher seja considerada uma casta inferior ao homem.
Tal situação de inferioridade da mulher, segundo o ponto de vista de quem a enxerga como “o outro”, é fruto de uma construção social que favoreceu quem sempre esteve nas maiores posições de poder e delas se beneficiou. A saber: o homem.
Por isso, não é à toa que haja sucessivas tentativas de descrédito quanto ao pensamento de Simone de Beauvoir e do feminismo em geral, pois eles abalam estruturas muito arraigadas e contestam privilégios nada naturais do ponto de vista científico.
A frase inicial do segundo volume de O Segundo Sexo é clássica e muitas vezes incompreendida, tanto por ignorância quanto por má-fé: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”.
Aqui, Simone de Beauvoir demonstra o quanto não é natural a crença de que a mulher nasça “feminina”, de maneira a obrigar-se a estar ajustada a determinados padrões de comportamento ditados em seu tempo e cultura.
A autora demonstra que a mulher, na sociedade assim constituída, segue os papéis de esposa, mãe ou prostituta. Tais vidas tendem a ser monótonas, cuidado da casa, tendo filhos ou sendo mera receptadora da libido do homem, servindo, sem realizar-se por meio do trabalho e da criatividade.
Dentre as demandas propostas pela filósofa para chegar à emancipação feminina, a principal é permitir à mulher que se realize em projetos próprios, com todos os perigos e incertezas que dele incorrem. Aqui fica claro o quanto o pensamento de Simone de Beauvoir influenciou a pauta feminista desde a segunda metade do século XX até os dias de hoje.
A sina nada mais é que o destino, tanto masculino quanto feminino, na sociedade.
Quando uma mulher renuncia à autonomia, ela é transformada em mero objeto, fator muitas vezes naturalizado pelo meio social vivido. É a partir daí que o homem se vê como superior, fazendo da mulher sua posse, como qualquer outro item.
A sina, tanto do homem quanto da mulher, está aí para ser transformada e modificada conforme há a evolução da sociedade. Enxergar os dois sexos como iguais, e negar a posição da mulher como “o outro”, é um passo fundamental para isso.
Há mulheres independentes em todos os níveis sociais: desde o extrato mais pobre da sociedade até as mais ricas. O contrário, então, é o mais comum: mulheres que se sentem inferiores pela dependência de homens, apenas por sua condição biológica.
Na maioria dos casos, não se trata de mera escolha individual, mas um condicionamento do qual elas se sentem incapazes de fugir.
O mais importante em O Segundo Sexo, e em todas as discussões sobre o feminismo, é ter em conta que a mulher pode ser o que ela quiser, desde que isso se dê por sua escolha, não por imposições. Afinal, não há sexo inferior ou superior, como se faz crer, e Simone de Beauvoir desconstruiu em sua obra-prima.
Quando dissemos que a mulher é o sexo frágil, inevitavelmente caímos no item mais batido por Simone de Beauvoir em seu O Segundo Sexo: colocamos a mulher como “o outro”, alguém inferior, que depende do homem em toda e qualquer condição, de maneira automática, como uma condição imutável da natureza.
Se muita gente não se envolve nas discussões sobre o feminismo, já faz mais de 70 anos que a filósofa desenvolveu o pensamento que moldou as reivindicações posteriores.
O Segundo Sexo é fundamental para a mulher se ver como componente importante da sociedade e para o homem se adequar aos novos tempos, em que o pensamento da filósofa francesa se mostra mais do que premente, contemporâneo e leitura obrigatória para todos os sexos e em todas as idades.
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Simone de Beauvoir nasceu em Paris, na França, em 1908. Ganhou fama mundial por ser uma mulher de pensamento libertário demais para seu tempo. Isso refletiu, também, em sua vida pessoal. Em 1929, Simone terminou os estudos de Filosofia e, em 1931, passou a dar aulas sobre o tema na Universidade de Marseille. Seu primeiro livro foi publicado em 1943, o romance “A convi... (Leia mais)
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